domingo, novembro 10, 2019

De quando eu me apaixonava...

Que parte de mim gosta tanto de vc? Vira e volta e tá lá... O pensamento corre, foge pra vc e essa parte de mim que gosta de vc é a minha parte mais insistente e teimosa e imprudente e incansável...
Tantos homens para amar e fui, dentre todos, escolher o mais errado, o mais pedante, o mais estranho e o mais louco...
E daí que vc é inteligente? Deve ter uma penca de homens mais inteligentes por aí? E daí que eu não conheço nenhum, eu não conheço tanta gente assim.... E bocas lindas também nem devem ser difíceis de achar...
Uma merda que o seu pacote de perfeição venha cheio de imperfeições chatas anexadas, acho o fim você não ter se apaixonado por mim esse tanto que me apaixonei por vc, muito sem graça isso... Você devia pagar 50 flexões de braço por cada lembrança boa que deixou, ou melhor, EU devia pagar 50 abdominais por cada pensamento em você... Eu poderia até continuar sozinha, mas seria uma solitária com barriga de tanquinho!
Esse troço de gostar é uma bosta, sempre alguém se fode, e em geral sou eu!
Não é mimimi, é uma reflexão existencial, coerente e vanguardista acerca desse coisa besta que é amar alguém, acho desnecessário, alienante e um pouco burguês esse papo de amor romântico e tals, isso era bom na época de Lord Byron que não tinha televisão, internet nem video game, coisa boba a gente idealizar o outro só por causa de uns bons papos, meia dúzia de amassos e uma boca que parecia derreter em contato com a sua... Ahhh a boca!!! (Merda! Peraê, vou ali pagar 50 abdominais!)
Em geral eu gosto da minha companhia, mas é que a sua era bem boa também e você tinha um jeito peculiar de me fazer rir e também gostava de coisas bestas, tinha teorias loucas sobre as coisas mais aleatórias! E tinham aqueles momentos,  em situações randômicas, em que alguém fazia alguma referência, ou dizia alguma frase sobre a qual tivéssemos falado ou rido juntos, em que a gente se olhava e se entendia e ria de novo e ninguém entendia o nosso riso, qual o nome disso mesmo? Ah tá... Cumplicidade...
Mas deixa isso pra lá, vamos terminar este post com alto astral, quem melhor do que Augusto dos Anjos?! (Contém ironia)

"O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!"

Um comentário:

  1. Amar nunca foi algo racional. Se foi não era amor. A gente ama e ponto. E não precisa ser perfeito. Basta ser. Excelente texto como sempre. Atual, agradável e sincero. Parabéns!!! Continue escrevendo.

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