A noite foi ótima, superou em muito minhas expectativas, você foi doce e carinhoso mas manteve seu discurso pronto de “alerta canalha em ação”, ok você deu o sinal e eu me preveni, liguei o botão de “não se apaixone” e fui em frente pronta para curtir sem o coração.
Algo deu errado, talvez o meu botão de “não se apaixone” estivesse com defeito, ele já vinha mesmo emitindo um chiado diferente, ouvi falar que depois dos 30 esse tipo de pane é comum, ou talvez eu o tenha usado demais ao longo dos anos, talvez eu tenha feito mal uso...Vai saber! O que eu sei é que, apesar de todos os avisos de perigo, embarquei na paixonite e me sinto como se tivesse feito uma lobotomia, não penso em nada que não seja você, é patético.
Agora, cá para nós, devia ser passível de multa homem gostoso sumir no dia seguinte, que vírus é esse que acomete a espécie de vez em quando? Tá no gene? É encosto?
E outra, se vai sumir, dá uma maneirada no desempenho, não capricha na performance, conjuga um verbo errado, tira uma meleca ou deixa escapar um arroto, sei lá, algo que nos lembre que você tem defeitos, algo em que agarrar enquanto aguardamos ansiosas o telefone tocar, algo que nos faça pensar: Deixa, eu não queria mesmo, muito burro, muito ogro, muito grosso!
Ou sabe o que seria lindo?! O cara mandando o papo retão tipo: Hey gata, não vou te ligar, nem te add no FB, não quero torpedos, nem romance, sou desses! Mas me preocupo com você o suficiente para saber se isso vai te magoar e se vai a gente nem dá o primeiro beijo!
Agora, tô eu aqui pagando paixão, pensando em tatuar “LOOSER” na testa e considerando voltar para a terapia, mas eu tô legal, porque se apaixonar também é um ato libertário e ao contrário do que se acredita, também é um ato solitário, porque eu nem preciso de você para estar apaixonada, bastou aquela noite, bastou aquele beijo, bastou a barba arranhando o meu pescoço, era tudo o que eu precisava para me apaixonar, mas também você me pegou num momento de distração, tipo aqueles crocodilos africanos que abocanham a jugular do veadinho no momento em que o bichinho para para beber água feliz no leito de um rio, naquela noite eu estava assim, distraída e tão a flor da pele que me apaixonaria até por um objeto inanimado.
Eu sei, não vai durar, porque a gente até pode se apaixonar sozinha mas se o objeto de desejo não está lá em algum momento a paixão desiste e vai embora como se não tivesse existido, vai durar o tempo da lembrança e já nem lembro se os seus olhos eram verdes ou castanhos, é, tá passando...Já consigo ouvir “Bizarre love triangule” sem ter taquicardia, mas ainda lembro dos olhares se cruzando... I feel fine and I feel good, I feel like I never should traduzia tão perfeitamente o momento!
É isso aí, eu me apaixono pela idéia, faço planos depois do primeiro beijo sim, também tenho uma tendência natural a relacionamentos destrutivos e unilaterais, sou chegada a um platonismo aqui e ali e você não tem nada com isso! Eu não vou seguir cartilha de mulher moderna, sou mesmo The drama queen, e agora é bom que vc não me ligue mesmo, porque se ligar eu vomito tudo isso em você, faço aloka e te digo aos berros que me apaixonei e que tô besta que você não tenha feito o mesmo.
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É amadas, também escrevo crônicas no meu tempo livre e escrevo sobre o que conheço melhor: MULHERICES!
Essa foi inspirada em uma trapalhada de uma amiga, que rendeu muitos papos e boas risadas!
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Andei sumida do blog porque cansei um pouco dessa história de moda, cosméticos e afins...Sou assim mesmo, de veneta! Lamento o sumiço, vou tentar voltar aos pouquinhos, mas é possível que o blog também mude junto com minha bipolaridade...hehehe sorry!
