sábado, novembro 12, 2011

Pelo direito de ser o que se é!

Confesso que algumas coisas ainda me chocam, semana passada ouvi de uma amiga que deve ter 3% de gordura corporal, veste manequim 38 e tem uma barriga negativa, a seguinte frase: Não posso comer doce, meu namorado disse que estou ficando barrigudinha...(note-se que ela disse isso com um risinho meigo, como quem diz: Não é fofo?!). Não, ela não é tchutchuca, já passou dos 30 e tem 3º grau.
Depois da pílula, da revolução sexual, do feminismo, do preservativo feminino e da raquete elétrica (que para mim é uma das mais revolucionárias invenções da nossa era) ouvir isso é, para falar o mínimo, chocante! Aplaudiria se a frase viesse assim: Não posso comer doce porque me cuido, me amo! Mas não poder comer doce porque espera aceitação do namorado, como se o amor fosse diretamente proporcional ao IMC??? Sou só eu, ou isso parece uma involução???

É impressionante a quantidade de mulheres que estão em relacionamentos vazios, por medo de ficarem sozinhas, isso me parece tão medieval quanto cinto de castidade.
As mulheres estão cada vez mais atuantes no mercado de trabalho, são capazes de sustentar a casa, criar os filhos e andar de salto, mas continuam emocionalmente dependentes, colocando a sua felicidade sob a responsabilidade de terceiros, que diga-se de passagem, nem são essa coca-cola toda e que também não pagam suas contas e regulam suas compras, é apocalíptico ou não é!?
É chavão, é clichê, mas vamos redescobrir o sentido de amor-próprio mulherada!!! Colocar em outro a responsabilidade sobre a sua felicidade é leviano e ingênuo, pára um pouquinho para dar uma pensada sobre isso!
É uma lógica bem simples, qualquer Valeska Popozuda é capaz de entender: Se você não se admira, não se ama, não se respeita, não espere que outra pessoa o faça por você, não importa o quão incrível seja sua bunda, tem dezenas de outras no mercado. Mulher atualmente segue o modelo fordista, são feitas em série, nesse momento tem um monte mulher-fruta se matando em uma academia para ir pro baile sem calcinha ao som de: Eu sento rebolando chamando seu nome! Isso, minhas caras, é fordismo, nos tornamos números, você é o seu peso, seu IMC, seu índice de gordura corporal??? E aceitamos felizes essa massificação, vemos senhoras de 60 anos com peitos duros e tesos, esticadas, adulteradas...Sei bem que parece discurso de feminista baranga, mas não me considero feminista porque tenho um pouco de receio de ideologias, nem tampouco baranga, apesar de ser plus size desde zigoto, mas depois de uma adolescência caótica, sem conseguir me encaixar, me sentindo diferente, entendi que não quero ser um número, não sou o meu peso, vai além, vai muito além...
Estou solteira há 1 ano, e todo mundo parece incomodado com isso, menos eu! Tem sempre alguém querendo me apresentar algum amigo e fazem aquela carinha de chorume quando digo que estou feliz sozinha, solteirice não é doença contagiosa gente!!!
Apenas aprendi a apreciar demais minha companhia, tem um universo tão dinâmico dentro de mim, tenho amigos tão interessantes, tenho a companhia maravilhosa de minha filha, de minha mãe, ambas, seres humanos adoráveis que me completam de tantas formas...
Saí de um casamento exaustivo, cansativo, que me sugava toda energia, deixei os amigos de lado, parei de escrever, parei de ouvir música, parei de ler, me tornei um protozoário e foi tão bom me descobrir novamente, é tão bom não precisar estar sempre com uma calcinha enfiada na bunda, não ouvir falar de futebol, fazer somente o que me dá prazer, talvez seja egoísmo, mas estou vivendo o amor mais feliz de minha vida, estou perdidamente apaixonada pela única pessoa que realmente tem potencial de me fazer feliz para sempre, eu mesma! 
Apaixone-se também pela pessoa certa, ela está logo ali, no próximo espelho, se joga!

quarta-feira, novembro 09, 2011

I´m back!!!!

Depois de um longo período sumida do blog, foi uma grata surpresa encontrar alguns comentários pedindo para voltar a escrever as crônicas, eu andei meio desanimada, achando que meu blog era meio blá e ninguém lia...Daí vim procurar um texto e eis que encontro comentários anônimos me pedindo para voltar, deu mó onda!
O blog foi o meu jeito de fazer o Michel Teló e dar uma fugidinha da minha vida que esteve absolutamente de pernas pro ar no início deste ano, divórcio, carência, trabalho, filha, era informação demais e precisei desta válvula de escape, quando me senti mais forte, quando coloquei a cabeça em ordem, acabei deixando esse blog-divã de lado e de verdade não achei que ninguém fosse sentir falta, nem eu, mas me enganei.
Tô meio enferrujada, mas vou tomando fôlego aos poucos, assim é na vida também né, aqui e ali a gente precisa dar um boot no sistema, limpar o HD e seguir.
Mas voltei sim, com a mesma neurastenia e o mesmo Glamour de sempre, até quando não sei, sou libriana, vcs sabem, librianos oscilam...
Volto 9 kg mais magra, 2 manequins a menos, 1 cárie nova que tem me tirado o sono e com 1 piercing no nariz, rá, ahhh comme je suis très bandit, a conta bancária continua o mesmo buraco negro de sempre, mas abafa...Continuo a nadar!

Mas vamos à crônica:


MULHERES QUE AMAM HOMENS SAO IDIOTAS!


Depois de quatro meses de casamento parece que o idílio acabou, lógico que eu sabia que esse dia ia chegar mas me pergunto se não foi rápido demais? Mas para essas coisas não tem regra, nem bula, nem certo, nem errado. O estranho é que diferente do que eu pensava o idílio acaba, mas o amor não... você ainda é capaz de amar aquele sujeito com a barba por fazer e vestindo o mesmo short de 3 semanas atrás, com uma skol na mão e o cigarro no canto da boca que já não te olha com a mesma paixão (e nem você a ele) a relação ficou meio blasé mas o amor está ali, resistindo heroicamente.

Daí você descobre que seu marido tem uma rede de "amigas" em um site de relacionamento??? PUTA MERDA!!! 4 meses de casamento e o puto já ta nesse estágio porra??? Ou ele e rápido demais ou eu sou deveras lesada...E eu que pensava que só devia me preocupar com esse tipo de coisa depois do segundo ano...ledo engano! Ok. Entro no jogo para não sucumbir a ele, estou providenciando minha própria rede de amizades e vamos em frente, o amor resistindo...ainda!

Um belo dia você abre o drive de CD do notebook do seu amado marido e encontra o DVD "Vivi Anal", choque total! Você deve nessa altura me achar uma puta puritana, eu mesma tô me achando, afinal, porque levar um choque só porque seu marido assiste a "Vivi anal" nas horas livres? Porque se torturar mentalmente ao imaginar o homem que você ama tocando umazinha imaginando o cú de uma tal de Vivi? Porque se aporrinhar com uma tal de "gatinha manhosa" no Messenger do seu cônjuge? Por que somos mulheres PORRA! E apesar de termos feito uma revolução sexual, queimado soutiens em praças, uma parte de nós ainda acredita (ou pelo menos deseja ardentemente acreditar) na felicidade conjugal, na sensibilidade masculina, em almas gêmeas e por ai vai! Lamentável amigas, deveras lamentável...mas eis que chega o momento derradeiro da dura realidade: Sites de relacionamentos e "Vivi anal" são parte de sua vida conjugal, e o amor? Bem...ele resiste, já capenga, mas resiste! Agora, a pergunta de 1 milhão de dólares senhoras e senhores, aquela que vai tirar o seu sono e martelar no seu encéfalo com perniciosa insistência até lhe levar as raias da insanidade: ATÉ QUANDO RESISTIRÁ??? Enquanto a resposta não aparece, desfruto o doce sabor da vingança e adiciono o SaradoRJ no meu msn e passo algumas noites nos bracos de Antonio Banderas e George Clooney, ou dos dois ao mesmo tempo, claro! Hummmm...